De acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume restrito do varejo em setembro (incluindo oito agências comerciais, excluindo veículos e materiais de construção) aumentou 0,6% em relação a agosto.
O resultado ficou abaixo da mediana estimada pelo Valor Data, que foi apurada por consultorias e instituições financeiras, onde era esperado que ocorresse um crescimento em torno de 1,4% nas vendas no varejo restrito. As estimativas variavam entre 0,7% a + 2,5%.
No entanto, mesmo com o resultado estando abaixo do esperado, o mercado varejista completou cinco meses seguidos de acréscimo nas vendas. Vale destacar que tal alta ocorre após o choque preliminar causado pelas medidas de distanciamento social, ocasionadas pela pandemia.
Setor varejista demonstra estabilidade
Segundo a pesquisa do IBGE, as negociações no varejo restrito representaram alta de 7,3% em comparação com o mesmo mês no ano passado, demonstrando estabilidade no acumulado anual até setembro. Ao todo, no final de 12 meses, a capacidade de vendas simboliza avanço de 0,9%.
Também foi divulgado, pelo Instituto, o índice da receita nominal (que não considera a inflação) do mercado limitado. Houve um crescimento de 2,1% na transição de agosto para setembro, pela série com mudança sazonal. Em comparação com o ano passado, a receita cresceu 13,4%.
Varejo restrito tem alta trimestral histórica desde 2000
As vendas no varejo restrito aumentaram 17,2% no terceiro trimestre deste ano, caso comparadas com os três meses anteriores. Este é o maior aumento da série histórica, iniciada em 2000.
Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, as vendas do varejo restrito tiveram um crescimento de 6,3%, melhor resultado no trimestre desde o ano de 2012, que teve alta de 7,3%.
Varejo ampliado também ficou abaixo do esperado
Equiparando com agosto, a expansão das vendas no varejo ampliado em setembro (que incluem vendas de automóveis e materiais de construção) cresceu 1,2%, sem os fatores sazonais. O resultado foi inferior à mediana estimada pelo Valor Data, onde era esperado alta de 1,5%.
O varejo ampliado e o varejo restrito são divulgados separadamente porque essas duas agências também operam no atacado. Nessa comparação, as vendas de automóveis cresceram 5,2% em agosto, e as de materiais, 2,6%. O setor volta 3,6% no acumulado do ano e cai 1,4% em 12 meses.