Desde março, devido à pandemia de Covid-19, não apenas os hábitos de vida das pessoas mudaram, mas também o desenvolvimento econômico. A indústria foi severamente afetada pela crise, mas novembro pode trazer recuperação com a chegada da Black Friday.
A FecomercioSP prevê que, com o evento sendo realizado no dia 27, as vendas no varejo neste mês deverão aumentar até 3% em relação a 2019. Neste cenário, o setor vai cair 3% até o final do ano, valor este melhor do que o previsto quando começou a nova pandemia do coronavírus.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) também expressou otimismo. Em pesquisa realizada pela entidade, confiada à consultoria Ebit/Nielsen, a receita da Black Friday neste ano deve ultrapassar 27% a do ano passado, que já é um recorde de vendas online.
Pandemia impulsionou comércio eletrônico no Brasil
Impulsionado pelas medidas de quarentena causadas pela pandemia, os índices do e-commerce cresceram constantemente porque levou os consumidores a escolherem mais lojas virtuais. A pesquisa também listou fatores como redução das taxas de juros e o Auxílio Emergencial como fatores de otimismo do setor.
Em entrevista ao Estadão, Júlia Ávila, líder da Ebit/Nielsen, afirmou que a entrada de novos comerciantes no mercado eletrônico teve seu ápice durante o primeiro semestre de 2020, e que se tratam de usuários que já possuem familiaridade com vendas no ambiente digital.
“Além disso, tivemos o ingresso de milhares de novos consumidores e 150 mil novas lojas online. É um número muito importante de consumidores com propensão a buscar ofertas”, completou o vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, à Folha de S. Paulo.
Pesquisa encomendada por Google detalha procura de usuários
De acordo com uma pesquisa da Provokers, encomendada pelo Google, os telefones celulares ainda são os mais procurados para comprar. Cerca de 38% dos entrevistados declararam que pretendem usar promoções para trocar de smartphone. Eletrodomésticos (30%) e produtos de informática (28%) completaram a lista.
A pesquisa ainda apontou que, em 2020, determinadas categorias que foram impulsionadas pela Covid-19, irão se manter estáveis. Como exemplo, foram citados os mercados de brinquedos, imóveis e games. Os mercados aviários e financeiros foram os mais prejudicados.