No final da quarta-feira (30), a maior operadora de turismo do Brasil, CVC divulgou publicamente que sofreu prejuízo de R$1,15 bilhão no primeiro trimestre durante a pandemia do novo coronavírus.
Em 2019, a agência mostrou resultado positivo de cerca de R$50 milhões no mesmo período. Porém, a mesma sofreu um impacto por grande baixa contábil que foi derivada dos efeitos da pandemia no setor de turismo.
A companhia de voos e pacotes aéreos, vem divulgando os seus resultados constatando distorções contábeis. Ela informou publicamente que no início de setembro de 2019 fechou o mês com um prejuízo de R$4 milhões.
CVC teve patrimônio líquido negativo de R$148,1 milhões
De acordo com a empresa, se não tivesse ocorrido os efeitos recorrentes, o resultado do trimestre de 2020 alcançaria um prejuízo líquido aproximado de R$73 milhões. Os efeitos incluíram baixa contábil de R$637,5 milhões. Em relação a esse fator, a empresa referiu-se à redução significativa nas operações da companhia.
“O desempenho da companhia nos meses de janeiro e fevereiro estavam em linha com o cenário projetado para o ano, porém março chegou e com ele a enorme tempestade causada pela pandemia”, ressaltou a CVC.
A receita líquida da companhia de turismo decaiu para 18% na comparação anual, enquanto as despesas subiram para 12,7%. A CVC chegou no final de março com uma fortuna líquida negativa em R$148,1 milhões em relação a um saldo de R$ 799,2 milhões no fim de 2019.
Impacto do coronavírus no setor de turismo
Em uma realidade que o isolamento social afetou diversos setores, um dos que mais sofreu com as ondas de Covid-19, foi o setor do turismo. Em razão das medidas impostas pelo governo, o setor de eventos aéreos não conseguiu preparar-se para a viralidade da ocasião.
De acordo com os cálculos feitos pela United Nation World Tourism Organization (UNWTO), o fluxo de turistas terá uma queda de 22% em 2020, decrescendo assim entre 20% e 30% as receitas geradas no setor.
Ainda existem lugares em que o peso do turismo é muito maior, como algumas nações e regiões, entre as quais Ilha-Estado, muito conhecida como destino. Diante disso, é possível citar o caso da República das Maldivas (no Índico), onde em 2019, 32,5% de seu produto interno bruto foi derivado de atividade turística.