O American Petroleum Institute, o maior e mais poderoso lobby do petróleo do país, está perdendo um de seus maiores membros por causa de um desacordo sobre como lidar com a crise climática.
Total e a separação
A francesa Total anunciou na sexta-feira que está abandonando a API por causa das posições do lobby sobre regulamentação e precificação do carbono, bem como seu apoio aos políticos que se opõem ao acordo climático de Paris. A mudança torna a Total a primeira grande empresa de petróleo a deixar a API por causa da crise climática.
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A saída ressalta a divisão na indústria do petróleo sobre como responder às mudanças climáticas. As principais empresas petrolíferas europeias, incluindo a Total e a BP, fizeram promessas mais agressivas de reduzir as emissões de carbono e investir em energia limpa do que a ExxonMobil, a Chevron e outras empresas americanas.
A mudança também ocorre em meio a uma avaliação mais ampla na América corporativa sobre as contribuições políticas após a insurreição no Capitólio dos Estados Unidos.
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“Este é um golpe sério para a API, cuja influência deriva em grande parte de sua afirmação de ser a voz de toda a indústria de petróleo e gás”, disse Andrew Logan, diretor de petróleo e gás da organização sem fins lucrativos de sustentabilidade Ceres, em comunicado. Ele acrescentou que a divisão “provavelmente marcará o início de um êxodo do grupo comercial”.
Fundada em 1919, a API agora tem mais de 600 membros, incluindo ExxonMobil, Chevron, ConocoPhillips, BP e Shell.
Traduzido e adaptado por equipe Sobre Crédito
Fonte: CNN