Economistas do mercado financeiro atualizaram as métricas da estimativa de inflação para 2020. A nova previsão indica que a inflação deve fechar o ano com alta de 4,35%, sendo 4,21% a aposta anterior.
Publicado nesta segunda-feira (14), o relatório “Focus”, do Banco Central (BC), apresenta dados que foram apurados na semana passada, em um levantamento que contou com a participação de mais de 100 instituições financeiras.
Com a nova previsão, o mercado espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial brasileira, continue acima de 4%, porcentagem acima da meta central. No entanto, a estimativa ainda se encontra no nível de tolerância.
Inflação oficial pode oscilar mais por conta da pandemia
As regulamentações indicam que o IPCA pode ficar entre 2,5% a 5,5%, excepcionalmente neste ano de pandemia. A meta de inflação é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para conseguir atingir a meta anual, o Banco Central aumenta ou abaixa a taxa básica de juros da economia (Selic). Quando a expectativa não é cumprida, o BC é obrigado a divulgar uma carta pública para explicar os motivos.
Ao decorrer do ano, por conta das complicações exclusivas de 2020, a inflação teve a sua estimativa abaixada. No entanto, as últimas resoluções da alta do dólar e a reconstrução da economia fizeram com que a meta subisse de novo.
É prevista uma leve recuperação no IPCA
Em outubro deste ano, o IPCA subiu para 0,86%, maior número apresentado desde 2002. Em novembro, a porcentagem chegou a 0,89%, se tornando o maior número do mês desde 2015.
Para 2021, o mercado prevê uma inflação de 3,34%. Dessa forma, a meta central para o ano que vem é de 3,75%, e será alcançada caso o índice flutuar entre 2,25% a 5,25%.
Juros básicos podem aumentar, enquanto PIB se recupera
Ao analisar a economia do Brasil em 2020, os analistas do mercado financeiro editaram a previsão de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,40% para 4,41%. A previsão é da semana passada.
A estimativa de expansão do PIB para 2021 é de 3,50%. Os novos números, que indicam uma retomada da economia brasileira, fizeram com que os economistas vissem uma possibilidade de aumento no próximo ano.
Já para taxa básica de juros, a Selic, o mercado prevê uma alta. Os analistas financeiros esperam que o juros aumente 3% até 2021 ser finalizado.