Com o fim do Auxílio Emergencial e piora fiscal, Brasil prevê incertezas para 2021

2021 será um ano de várias incertezas, principalmente por conta do término do Auxílio Emergencial. Além disso, o vírus da Covid-19  ainda está transitando o mundo todo e já demonstra que estará no próximo ano. 

Com a expectativa de término das contas bilionárias, os analistas pensam que o Brasil tem uma transição difícil pela frente. O Auxílio Emergencial é o principal fator do crescimento econômico no terceiro trimestre. 

No entanto, as projeções dos analistas para 2021, são de que o país deve ter um leve crescimento, mas ainda muito retraído. O resultado previsto virá do chamado carrego estatístico, herança que o desempenho do PIB deixará para ano que vem. 

Com o fim do Auxílio Emergencial e piora fiscal, Brasil prevê incertezas para 2021
Fonte: (Reprodução/Internet)

Governo não tem orçamento para projetos sociais para 2021

Como o crescimento da economia do Brasil será derivado do carrego estatístico, o país se aproxima de 2021 com uma série de inseguranças. Os analistas dizem que todos os entraves devem dificultar a retomada da economia brasileira. 

Para os próximos trimestres, o Brasil deverá lidar com uma carga de incertezas em diferentes vertentes. Ainda há dúvidas em aberto sobre a capacidade do governo em avançar com a agenda das reformas, especialmente na área fiscal. 

Além disso, a agenda de reformas deve incluir o mercado de trabalho e resolver a alta da inflação. Até então, não há um rumo definido para a criação de um projeto social que caiba no orçamento do governo para o ano que vem. 

Cenário do ano que vem é de desarranjos na inflação  

De acordo com ecônomo José Roberto Mendonça de Barros, a economia deve sofrer com um quadro de estagflação em 2021. Para Henrique Cardoso, ex-secretário de Política Econômica do governo, o cenário do próximo ano é de desarranjos na inflação, nas contas públicas e no investimento.

Segundo Mendonça de Barros, a estagnação é quando o país sai de uma crise e começa a andar de lado e volta para a mediocridade. O executivo afirmou que essa mediocridade será a mesma que caracterizou o período de 2016 para frente. 

Barros também concluiu que o PIB brasileiro deve ter uma alta de 2,5% e com o fim do Auxílio, o país terá uma queda abrupta no consumo. Para ele, o Auxílio Emergencial será substituído por um mercado de trabalho extremamente enfraquecido.