Nesta quinta-feira (8), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse que o Brasil tem previsão de ofertar cerca de 140 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre de 2021 por meio do Programa Nacional de Imunização.
Foram fechados contratos com nove laboratórios na atuação de estudos para o desenvolvimento eficaz da vacina, entre eles estão as principais, como a AstraZeneca da Universidade de Oxford e a COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No momento, as vacinas estão na etapa 3, a última fase, cuja análise é examinada com aplicação em humanos, por isso a perspectiva para 2021. O acordo consentido com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é para a fabricação da vacina de Oxford.
140 milhões de doses para os brasileiros
Apesar da grande quantidade, ela não é suficiente para todos, tendo em vista que 140 milhões de doses equivalem à imunização de cerca de 70 milhões de brasileiros, ou seja, apenas 33% da população, levando em consideração que serão duas doses em cada pessoa para uma imunização completa.
O governo estipula a produção própria de doses no segundo semestre e ainda avalia novos acordos. Enquanto isso, com a COVAX o governo prevê imunizar 20.242.106 brasileiros, sendo elas de três grupos: pessoas com 80 ou + (4.441.053), pessoas com morbidades (10.766.989) e trabalhadores da saúde (5.034.064).
Com os produtores da AstraZeneca e Oxford, a previsão é da entrega de 100 milhões de doses ainda no primeiro semestre de 2021, assim como, 165 milhões de doses no segundo semestre, que ainda devem ser produzidas.
Programa Nacional de Imunização
O programa de vacinação ainda em planejamento pelo governo brasileiro, prevê a identificação do cidadão por meio de um cadastro obrigatório, o CPF. O registro permite um monitoramento constante de eventuais reações com aqueles que já receberam a vacina.
O diretor do Departamento de Informática do SUS, Jacson Venâncio de Barros declarou durante a coletiva de anúncio, que todos os sistemas de comunicação estarão conectados para essa gestão, cujo modelo de comprovante de vacinação contará com um documento em PDF e dados em QRCode.
Este modelo será emitido na plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS), podendo o vacinado salvar ou compartilhar o seu comprovante. A iniciativa de Barros é para que futuramente a identificação individual possibilite a Carteira Nacional Digital de Vacinação.