Desemprego no Brasil supera a taxa recorde de 14,6% no terceiro trimestre

Com a pandemia do Covid-19, a taxa de desemprego no Brasil subiu de forma drástica, mostrando milhares de trabalhadores desamparados. Recentemente, foi levantado que o desemprego no Brasil passou a taxa recorde de 14,6%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número aumentou 1,3 milhão em 3 meses concomitantemente com o dado de que o país perdeu 11,3 milhões de postos de trabalho desde maio. 

A taxa de desemprego acabou afetando 14,1 milhões de pessoas, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) que foi divulgada nesta sexta-feira (27).

Desemprego no Brasil supera a taxa recorde de 14,6% no terceiro trimestre
Fonte: (Reprodução/Internet)

Maior taxa de desemprego relatada na história do IBGE 

O índice de 14,6% está relacionado a um aumento de 1,3 ponto percentual comparado ao 2º trimestre (13,3%), e de 2,8 pontos percentuais em comparação ao mesmo intervalo do ano passado (11,8%).

Segundo o IBGE, essa é a maior taxa já registrada na série histórica do IBGE. Os resultados do 3º trimestre ficaram abaixo do estimado em pesquisa da Reuters junto a especialistas, somando 14,9%. 

O desemprego só vem aumentando desde julho no país por conta dos trabalhadores que foram desligados de suas ocupações durante a pandemia.

Distanciamento social influenciou o aumento 

Para a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, a taxa de desemprego também reflete a flexibilização das medidas de isolamento social que serviu para controle da pandemia da Covid-19. 

“Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação”, ressalta a analista.

Aumento da taxa em empregos formais, informais e autônomos

A taxa de trabalhadores autônomos de 21,8 milhões subiu 0,6% em 3 meses, mas caiu 10,8 e comparação ao mesmo período do ano passado.

Já os trabalhadores que possuem carteira assinada a queda foi de 2,6% em comparação ao trimestre anterior, eram 29,4 milhões de pessoas. Em comparação a taxa anual, houve uma queda de 11,2%.

Os empregos informais, aqueles que não possuem carteira assinada, foram 9 milhões no 3º trimestre, alta de 4,3% em comparação ao 2º. No entanto, ainda foi 23,9% abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2019.

Outro dado registrado mostrou que apesar da queda no setor, o índice da informalidade no país subiu para 38,4% da população ocupada relevando aumento de pessoas na situação.