Nesta segunda-feira (19), os resultados da segurança da Coronavac, vacina contra a Covid-19, foram divulgados pelo governo de São Paulo. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa, e trata dos resultados dos testes clínicos realizados em 9 mil voluntários brasileiros.
O imunizante chinês da farmacêutica Sinovac tem parceria com o Instituto Butantan, e após acordos com o governador paulista, João Doria, deve vacinar todo estado. Doria já comprou 46 milhões de doses.
De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os resultados são semelhantes aos divulgados pela China, que certificou que 97,4% dos 50 mil participantes não apresentaram efeitos colaterais não esperados.
Vacina contra a Covid-19 deve estar disponível até o final do ano em SP
Nesta segunda-feira, Dimas Covas afirmou que a Coronavac é o imunizante contra a Covid-19 mais seguro dentre os que estão sendo testados. Ainda, o diretor divulgou que até dezembro será possível descobrir a eficácia da vacina.
O representante do Instituto Butantan disse que a vacina será produzida a partir deste mês no Brasil, e que até o final do ano 46 milhões de doses estarão prontas. Covas lembrou que o próximo passo será apenas o registro da vacina.
“As manifestações clínicas adversas são muito leves, não tivemos nenhuma manifestação clínica que tenha exigido uma atenção médica maior. Então, é um perfil de segurança muito apropriado. Nós aguardados o fim dessa fase de estudos, obviamente que é um estudo clínico que ainda demanda outras fases”, ressalta o diretor.
Vacinação paulista deve iniciar em dezembro
A Coronavac ainda está em estudo de estágio 3, sendo testada entre profissionais de saúde. Como divulgado pelo Instituto Butantan, nove mil voluntários já participaram do estudo, sendo o objetivo final testar em 13 mil pessoas.
O governador de São Paulo, João Doria, assinou acordo com a Sinovac para a compra de 46 milhões de doses. 40 milhões delas devem ser produzidas no Brasil, e 6 milhões virão da China já finalizadas.
Após as vacinas estiverem prontas, o governo paulista aguardará o registro legal pela Anvisa, e então iniciará o plano de vacinação do estado, que inicia por todos os profissionais de saúde, grupo que possui mais contato com doentes pelo novo coronavírus.
Liberação do imunizante com 50% de eficácia
Dimas Covas já anunciou que o governo de São Paulo planeja pedir a liberação do uso emergencial da Coronavac, caso a vacina apresente 50% de eficácia após os resultados preliminares.
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), publicou recomendações para que um protótipo de imunização seja liberado emergencialmente.
