Idosos apresentaram resposta imune em testes da vacina de Oxford

Na segunda-feira (26), a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca divulgaram que a vacina desenvolvida por eles contra o novo coronavírus teve resposta imune em idosos, conhecidos por serem de alto risco.

Após os testes de fase 2, que são realizados com um menor número de voluntários, os resultados serão divulgados em uma revista científica, conforme afirmou a Oxford. O imunizante da universidade é um dos quatro que estão no último estágio de estudos no Brasil.

No Reino Unido, a vacina foi aplicada em participantes de 56 a 69 anos, e ainda em um grupo com pessoas com 70 anos ou mais. O pesquisador Andrew Pollard, um dos autores do estudo, disse que as respostas no sistema imune são encorajadoras.

Idosos apresentaram resposta imune em testes da vacina de Oxford
Fonte: (Reprodução/Internet)

Idosos tiveram resposta imune tanto quanto jovens

A Universidade de Oxford já havia publicado os resultados dos testes em pessoas mais novas, de 18 a 55 anos de idade. Com o recente resultado, Andrew Pollard se mostrou empolgado ao verificar que as respostas imunes se apresentaram parecidas entre idosos e os mais novos.

O protótipo de Oxford pretende agir no sistema imune que seja capaz de neutralizar o novo coronavírus. Ainda, o objetivo é fazer que os corpos desenvolvam células T, responsáveis pela defesa celular. A resposta do estudo em idosos constatou que ambas as metas foram alcançadas.

Sob a visão de que existem três fases e que a concluída foi a segunda, que é conhecida por ter um ensaio menor, Pollard acrescentou que os dados dos testes de fase 3 ainda fornecerão mais informações sobre a vacina.

Voluntário da vacina morreu no Brasil

Recentemente, um voluntário brasileiro que foi testado com a vacina de Oxford morreu pela Covid-19. Após apuração, foi descoberto que o participante não havia recebido a substância real, e sim um placebo.

O uso dos testes duplo-cego é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e utilizado na vacina em questão. No ensaio, aleatoriamente são aplicados líquidos inativos e o ativo, sem que o paciente ou o profissional da saúde saiba.

Com isso, a porção que não recebeu o imunizante é titulado como grupo de controle. Dessa forma, as instituições podem constatar se houveram mais casos de infecção do lado que recebeu o placebo, ou do lado que recebeu a proposta de vacina.