Nesta quarta-feira (28), o laboratório francês Sanofi e o britânico GSK anunciaram que irão distribuir o estimado a 200 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para países pobres, por meio do programa internacional Covax, o qual o Brasil também faz parte.
A iniciativa dessa campanha foi incentivada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo intuito das duas empresas é fornecer de maneira equitativa e justa as futuras vacinas contra a doença. Apesar de ambas já terem assinado os contratos, espera-se a aprovação de autoridades reguladoras.
Desde setembro, a Sanofi e o GSK estão desenvolvendo um imunizante que ainda se encontra na segunda fase de testes em pessoas. Os laboratórios estão na expectativa de obter os primeiros resultados ainda no começo de dezembro, e que a terceira fase de testes pode iniciar antes de 2021.
167 países receberão as doses
A vontade e o compromisso de que a vacina contra Covid-19 esteja disponível para as populações mais vulneráveis em todo o mundo foi enfatizado pelos executivos das duas farmacêuticas.
Os que irão receber as doses da vacina compõem o sistema internacional de aquisição e distribuição de vacinas, o Covax, composto por 167 países, os quais 92 deles possuem baixa e média renda.
No caso do Brasil, o país tende a receber as doses para 10% da população. Enquanto isso, 75 países ricos ficarão responsáveis por financiar o imunizante, após a terceira fases dos ensaios clínicos.
Como é o desenvolvimento de uma vacina
Para que uma vacina eficaz e segura seja distribuída, é necessário a realização de três etapas conclusivas. Durante as fases 1, 2 e 3, os cientistas buscam investigar se houve alguma reação adversa em algum voluntário que tomou a vacina.
Caso haja, o ideal é interromper o procedimento das fases para uma apuração do que pode ter ocorrido. Após resolução, os ensaios clínicos são retomados, ainda sob monitoramento. As fases costumam ser realizadas separadamente, mas com a urgência por uma vacina contra o coronavírus, várias empresas estão realizando algumas fases ao mesmo tempo.
Vale ressaltar, que antes dos humanos receberem a vacina, ela deve ser testada em animais, geralmente em camundongos e posteriormente em macacos.