As quatro vacinas mais conhecidas e que disputam a posição de ser a mais eficaz contra a Covid-19, são a CoronaVac da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a Ad26.COV2.S da Johnson & Johnson, a AZD1222 da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca e a Sputnik V do Instituto Gamaleya de Moscou
A CoronaVac é a que tem sido mais popularmente comentada e até tem contrato fechado para a sua fabricação no Brasil. O estado de São Paulo foi o primeiro a autorizar a produção em parceria com o Instituto Butantan para que, em fevereiro, já esteja disponível para imunização.
Embora as quatro vacinas estejam na etapa mais avançada, o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que ao todo são 44 candidatas para conter o coronavírus e elas se dividem entre três fases envolvendo testes com seres humanos.
CoronaVac é destaque e vai possuir inativação do vírus
A CoronaVac tem sido a candidata menos propensa aos erros clínicos e tem buscado apostar no modelo de inativação do vírus, o que faz ser necessário a tomada de duas doses para que o efeito se concretize dessa forma, o vírus não consegue se replicar.
A vacina chinesa tem sido a mais comentada e notória no Brasil e no mundo devido o sucesso observado dos ensaios clínicos. Uma outra concorrente não muito comentada, também é chinesa, mais ainda não possui um nome definido. Ela está sendo elaborada por uma farmacêutica de Wuhan juntamente com a empresa G42 Healthcare de Abu Dhabi.
O motivo e o ponto positivo de aderir ao modelo que inativa o vírus é a experiência de décadas na formulação de outros tipos de vacina de uso do sistema de saúde público. Nesse modelo, existem as vacinas contra a hepatite A, a gripe e a poliomielite injetável. A desvantagem é o financiamento e a demora de sua preparação.
O desenvolvimento das outras três vacinas
Enquanto isso, a vacina com vetor viral não replicante tem sido predominante na candidata da Universidade de Oxford, da Inglaterra. A vacina contra a Covid-19 irá conter um pedaço de outro vírus que não causa nenhuma outra enfermidade e nem é capaz de se replicar. Este vírus será implantado no material genético do próprio coronavírus.
A vacina de Oxford tem feito testes com voluntários brasileiros e há um acordo com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) para uma possível fabricação de doses no Brasil. Em seguida, tem-se a Johnson & Johnson que no momento se encontra em paralisação dos ensaios clínicos devido a um efeito adverso em um voluntário.
Em contrapartida, a vacina Sputnik V ganhou notoriedade nas últimas semanas pela a sua aprovação na Rússia. Este fato tem desencadeado uma série de críticas e suspeitas, pois os resultados de segurança e eficácia ainda não foram confirmados e posteriormente divulgados, logo, não possui reconhecimento da comunidade científica internacional.