Uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou que em setembro o Pantanal já registrou 8.106 focos de incêndio. Os números ainda são alarmantes. O maior número de incêndios em um mês, desde 1998, foi contabilizado neste mês.
A soma do início de janeiro até o final de setembro, constitui o número de 18.259 focos de incêndio, o que classifica o ano de 2020, mesmo sem acabar, como o de maior número de focos de queimadas no Pantanal.
Em 2005, o Pantanal apresentou 12.536 focos de incêndio. O número era o mais alto desde o início do monitoramento pelo Inpe. Com uma alta de 46%, o atual ano bateu recordes em relação aos anteriores.
2020 é o ano com mais focos de incêndio no Pantanal
O Inpe apontou que os focos de queimadas no Pantanal tem apresentado crescimento. No mês anterior, os dados do instituto demonstraram 6.048 focos de incêndio.
Contudo, o atual ano, mesmo que somado de janeiro a setembro, já é o maior ano com focos de incêndios no bioma brasileiro. Em 2005, o Pantanal apresentou a situação mais crítica, que era de 12.536 focos.
Em comparação ao ano passado, a quantidade de pontos iniciais de incêndios era de 10.025. A alta em relação ao último recorde, é de 46%.
Focos de queimadas na Amazônia também aumentam
Os dados da Amazônia também preocupam. Em setembro deste ano, a floresta já apresentou 32.017 focos de calor. Ao comparar com o mesmo período do ano anterior, a alta é de 61%, visto que o mesmo mês em 2019 somou 19.925 focos de incêndios.
Entretanto, a contabilização não é a maior de todos os meses de setembro da Amazônia, segundo a série histórica do Inpe. Em 2007, a floresta registrou 73.141 focos de queimadas.
O estudo em relação ao ano passado indica que houve um aumento. De janeiro a setembro de 2019, os focos somaram 66.749. Neste ano, as contas fecharam em 76.030, o que resulta numa alta de 14%.
Levantamento do Inpe indica que, até agosto, o Brasil perdeu 53.019 km² de floresta nativa do Pantanal e da Amazônia juntos. A área equivale a 34 cidades de São Paulo Pesquisas indicam que parte desse resultado se dá pela exploração e demais ações humanas.