Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou novamente sobre seus planos de criar uma espécie de moeda digital no país. Ele também disse que o desenvolvimento do projeto já está em andamento por parte do Banco Central (BC).
As declarações foram realizadas durante o lançamento de 100 milhões de poupanças sociais virtuais da Caixa Econômica Federal (CEF). A medida deve ser imposta e concretizada graças ao aumento das operações virtuais após a criação do Pix.
Guedes ressaltou que o processo tecnológico dos serviços financeiros brasileiros está melhorando. O ministro não só tomou esses avanços como exemplo, mas também o pagamento de bancos, tecnologia financeira e assistência emergencial em meio à pandemia.
Discussão sobre moeda virtual já estava em vigor
A discussão sobre a ideia da moeda digital não é de agora. Roberto Campos Neto, presidente do BC, a manteve em sua agenda de inovação ao mesmo tempo em que facilitou pesquisas sobre sua implementação, mesmo durante uma pandemia. Neto disse que o novo modelo define o futuro do sistema financeiro.
Porém, vale destacar que, como o próprio Banco Central já havia declarado, a digitalização monetária significa que uma espécie de real digital será criada, ou seja, ela será referente apenas a uma representação da que já é fabricada no território brasileiro, não sendo assim totalmente nova.
BC desenvolveu novo grupo de estudo para moeda
Em agosto, o Banco Central anunciou a formação de um grupo de pesquisa para avaliar a viabilidade de emissão de moedas digitais no país. A medida procura investigar o impacto da implementação na estabilidade financeira, nas políticas monetárias e na econômica do Brasil.
“A emissão de moeda digital por bancos centrais (central bank digital currency – CBDC) pode ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países.”, afirmou o BC através de uma nota.
A instituição também afirmou que, por outro lado, ainda se encontra buscando maneiras de analisar os riscos que possivelmente serão ocasionados com a novidade. Tais riscos são relativos à proteção cibernética de seus usuários, bem como dos dados do ambiente regulatório.
O BC vem investindo me novas soluções digitais e o sucesso de acesso do Pix já foi anunciado. O banco anunciou que a ferramenta foi utilizada em mais de 1.500 operações somente no primeiro dia de lançamento.