Nesta sexta-feira (16), a empresa farmacêutica Pfizer afirmou que deve pedir para que sua vacina contra o novo coronavírus tenha o uso emergencial aprovado até novembro, mês das eleições presidenciais, nos Estados Unidos.
A informação da agência Reuters informou que a vacina produzida em parceria com a BioNTech SE, se encontra na fase 3, fato que facilitaria o processo. A Pfizer espera resultados gerais sobre a segurança de seu protótipo de imunização na terceira semana de novembro.
Anteriormente, a Pfizer havia indicado que os dados de testes no terceiro estágio seriam informados no mês de outubro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 193 vacinas estão em estudo contra a Covid-19.
Caso aprovada, vacina da Pfizer deve fazer parte da Covax
No dia 2 de outubro, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, divulgou que as desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 já podiam solicitar a aprovação para o uso emergencial das imunizações.
O diretor ainda afirmou que as escolhidas como seguras para o uso imediato serão incluídas no portfólio da Covax, a união de diversos países para que as vacinas contra o novo coronavírus seja distribuído entre os países mais pobres.
Após o recente anúncio da Pfizer, a agência estadounidense reguladora, FDA, reiterou que necessita da apresentação de dados, no mínimo, dois meses antes de liberar alguma vacina contra a nova doença.
Recomendações da OMS para aprovação de uso emergencial
A permissão da OMS ressalta que os governos só aprovem vacinas para o uso emergencial em determinadas condições. A priori, a recomendação é para imunizantes que já passaram pela fase 2 ou 3, e que receberam autorização das agências reguladoras de cada país.
Ainda, o diretor-geral da organização indicou que, de preferência, as vacinas devem ter sido testadas sob ensaios com grupo de controle, que recebe o placebo e a imunização ativa. Também foi recomendado o chamado “duplo-cego”, que é quando nem os aplicadores e nem os recebedores sabem se receberam a substância real ou a inativa.
A OMS acrescentou que deve existir um número suficiente de voluntários nos ensaios, para que o estudo possa comprovar. Ao menos 80% dos efeitos contrários podem acontecer em um a cada mil indivíduos.