A Bolsa de Valores de Nova York reverteu sua decisão de expulsar três das maiores empresas estatais de telecomunicações da China.
A reversão do plano
A bolsa disse na noite de segunda-feira que não pretende mais retirar as empresas da lista após “mais consultas com as autoridades regulatórias relevantes”, e que elas continuarão sendo listadas e negociadas na NYSE “neste momento”.
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A súbita reviravolta ocorre poucos dias depois que a NYSE anunciou que encerraria as negociações das ações da China Mobile, China Telecom e China Unicom.
A NYSE disse, no entanto, que “continuará avaliando a aplicabilidade” dessa ordem às empresas e seu status na bolsa.
As ações das três empresas subiram imediatamente na terça-feira em Hong Kong, onde também estão listadas. A China Unicom avançou mais de 6%, enquanto a China Mobile e a China Telecom cresceram mais de 5% cada.
A China Unicom e a China Telecom disseram na terça-feira em documentos enviados à Bolsa de Valores de Hong Kong que estavam cientes do anúncio da NYSE e iriam “monitorar o desenvolvimento“. A CNN Business entrou em contato com a China Mobile para comentar.
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O Ministério das Relações Exteriores da China observou na terça-feira a mudança e reiterou suas críticas de que Washington tem “reprimido desenfreadamente as empresas estrangeiras listadas no país”.
“Esperamos que os Estados Unidos respeitem o mercado e o Estado de Direito”, disse o porta-voz Hua Chunying em uma entrevista coletiva regular em Pequim.
Todas as três empresas de telecomunicações negociam em Nova York há muitos anos. A China Mobile, a maior empresa de telecomunicações do país, está listada na Bolsa de Valores de Nova York desde 1997. As concorrentes China Telecom e China Unicom, por sua vez, negociam lá desde o início dos anos 2000.
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A ordem de Trump, que entra em vigor em 11 de janeiro, proíbe os investidores americanos de possuir ou negociar quaisquer títulos originados ou expostos a essas empresas. Os investidores terão até novembro de 2021 para desinvestir nas empresas.
É parte de uma campanha mais ampla que o governo Trump lançou contra as empresas chinesas. Nos últimos anos, Washington mirou nas elevadas ambições tecnológicas da China, desferindo golpes nas indústrias de inteligência artificial, de semicondutores e telecomunicações em desenvolvimento do país.
Traduzido e adaptado por equipe Sobre Crédito
Fonte: CNN