Com os Estados Unidos (EUA) sendo a maior economia do mundo e a polarização das eleições americanas dividindo os países, o novo presidente da Casa Branca pode influenciar as relações comerciais de forma global, inclusive com o Brasil.
Vale ressaltar que segundo os dados da balança comercial brasileira, a soma de importações e exportações juntamente com o saldo comercial entre os EUA e o Brasil se encontra historicamente de maneira estável na última década.
Ou seja, a corrente de comércios entre os dois países está em um patamar entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões por ano, sendo que o melhor resultado já registrado foi em 2014, quando contabilizou R$ 62 bilhões.
Parceria comercial entre EUA e Brasil segundo especialistas
Especialistas sobre o assunto foram consultados pelo portal G1. Alguns comentaram que o governo americano tem sido o maior parceiro comercial do Brasil e acreditam que essa cooperação deva continuar, independente de quem assumir a presidência.
“É uma relação bastante madura. Não deveremos ter nem um crescimento exponencial de comércio, qualquer que seja o presidente, nem uma queda abrupta”, considerou Welber Barral, estrategista de comércio exterior do Banco Ourinvest e ex-secretário nacional de Comércio Exterior.
Pois, conforme afirmam, o fluxo de negócios bilaterais depende mais de uma atividade de recuperação econômica e de uma maior diversidade e competitividade nas exportações do que especificamente de uma personalidade política.
Pautas ambientais tendem a abalar as negociações comerciais
Apesar disso, é de consenso entre os analistas, que algumas pautas e agendas do próximo governo americano podem mudar, como exemplo citado por eles, a pauta ambiental, caso Joe Biden ganhe.
Isto é, diante de uma possível vitória do democrata, a questão ambiental pode se tornar uma das prioridades de seu governo, e acabar por afetar as relações e negociações bilaterais e comerciais.
Visto que temas sobre proteção ambiental e direitos das minorias serão discussões implementadas pelo governo americano, isso pode abalar parcerias, cujas opiniões e comportamentos podem não corresponder a posição do mais novo presidente dos EUA.