De acordo com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em breve será possível transferir dinheiro na modalidade P2P (peer-to-peer) pelo Whatsapp, do Facebook. A este respeito, outras empresas também entraram em contato com o BC.
Questionado se essas operações estariam implementadas ao PIX, o sistema de pagamento instantâneo, Campos respondeu simplesmente que a empresa vai começar com a transferência de valor entre pessoas no design P2P.
De acordo com o presidente, a agência também negocia pagamentos com o Google e outros gigantes da tecnologia. Campos destacou ainda que essas bigtechs têm demonstrado grande interesse pelo Brasil, por acreditar que o mercado consumidor é bastante amplo e tem oportunidades digitais.
Presidente afirma que pretende investir em mais recursos
Durante uma coletiva de imprensa, Campos ainda informou que vem mantendo contato com o CEO do mensageiro, que por sua vez, informou ao presidente que o processo de legalização da ferramenta no Brasil vem sendo mais ágil que em outros países. Além do P2P, afirmou ainda que a agência pretende investir no P2M.
Campos continuou ao afirmar que os avanços processuais irão começar com 2P2, para posteriormente fazerem P2M (transações entre pessoas e comércios). Sua maior preocupação diz respeito à ferramenta ser aprovada em todos os critérios avaliativos aos quais ela é obrigada a se submeter.
Pagamento via WhatsApp já era discutido
Antes mesmo das negociações com o BC, o WhatsApp havia investido no sistema de pagamento dentro do app. O objetivo é permitir que os usuários não apenas conversem com companhias por meio do aplicativo, mas também iniciem e finalizem compras sem recorrer a outros sistemas.
Por exemplo, na Índia, o recurso já foi testado e, de acordo com o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, a expectativa é que o recurso também seja lançado no Brasil ainda este mês. Basicamente, o WhatsApp Pay permite que você colete dinheiro através do mensageiro.
A empresa chegou a anunciar uma parceria com Visa e Mastercard para iniciar pagamentos no Brasil. No entanto, alguns dias depois, a operação foi suspensa pelo BC. Na ocasião, a autoridade monetária explicou que o serviço exigia a mesma via de homologação dos demais meios de pagamento utilizados no Brasil.