Recentemente, Paulo Guedes, Ministro da Economia, participou de um evento do setor supermercadista e afirmou que a economia está retomando o nível de atividade. O Ministro também voltou a falar sobre impostos e transações financeiras.
Nesta quinta-feira (12), Guedes afirmou que se houver uma segunda onda de infecção por Covid-19 no Brasil, a prorrogação dos pagamentos do Auxílio Emergencial será uma certeza.
Segundo o executivo, a prorrogação do benefício não é o plano A do governo, mas a medida pode ser concebida como forma de reagir ao casos. O Auxílio Emergencial é um projeto que foi desenvolvido pelo governo como forma de amenizar a crise financeira no país.
Até o final do ano Auxílio terá sido 10% do PIB
O governo terminou a última parcela de R$600 recentemente, mais especificamente, em outubro. De início, o recurso só estaria disponível até julho, mas depois foi prorrogada até setembro.
Porém, depois de algumas discussões sobre o benefício as parcelas foram adiadas até dezembro. No entanto, os três últimos meses do auxílio sofreram alterações e o mesmo passou a valer R$300.
“Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, afirmou Paulo Guedes em um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em conferência, o ministro também falou sobre algumas estratégias e desafios para a economia nos próximos meses. Segundo Guedes, no final de 2020, o governo brasileiro terá gastado mais de R$600 bilhões, ou 10% do PIB para dar suporte aos desassistidos e combater os efeitos da pandemia.
Técnicos acham que não será necessário prorrogação
Mesmo que o ministro Paulo Guedes tenha feito sua pronunciamento sobre a segunda onda de Covid-19, técnicos do governo pensam que se houver um aumento nas infecções não será preciso uma prorrogação do Auxílio.
Os técnicos estão se baseando em uma tese em estatísticas de infecções de uma pesquisa acadêmica que circulou na área econômica, no Ministério da Saúde e no Palácio do Planalto. De acordo com o estudo, 20% da população das cidades brasileiras já tiveram contato com o vírus e estariam supostamente imunizadas.
A pesquisa é chamada de working paper e utiliza como base dados da pesquisa Pnad-Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que foi apresentado no curso de mestrado de Economia Aplicada da Universidade Federal de Pelotas. A pesquisa faz uma estimativa dos níveis de contágio por Covid-19 no país.